Resposta: Contradição histórica de Daniel 1:1.

Crédito imagem:  danzoar


"No ano terceiro do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de babilônia, a Jerusalém, e a sitiou". Daniel 1:1


Controvérsia alegada:

"O terceiro ano do reinado de Jeoiaquim seria 606 A.C., contudo Nabucodonosor não era o rei da Babilônia. Em 597 A.C. Nabucodonosor invadiu Jerusalém pela primeira vez (sem a destruir de fato). Antes disso, Jeoiaquim estava morto e seu filho estava reinando."

Resposta:

Começando pela data, os profetas Daniel e Jeremias utilizam calendários diferentes, respectivamente, os calendários tishri e assírio. Em ambos os calendários o ano referente é 605 A.C, quando Nabucodonosor já era rei.

O evento narrado em Daniel 1:1 foi quando Jeoiaquim ficou sendo servo de Nabucodonosor, e quando o profeta Daniel foi para a Babilônia.


11 anos depois de inciado seu reinado, Jeoiaiquim morre e Jeconias seu filho, torna-se rei, Jerusalém é novamente sitiada (agora sim, por volta de 597 A.C), e o rei Nabucodonosor, em seu oitavo ano como rei, faz uma grande deportação de judeus nobres para a Babilônia, levando inclusive o rei Jeconias e profissionais, isso pode ser visto em Jeremias e 2Reis:


"
Fez-me o SENHOR ver, e eis dois cestos de figos, postos diante do templo do SENHOR, depois que Nabucodonosor, rei de babilônia, levou em cativeiro a Jeconias, filho de Jeoiaquim, rei de Judá, e os príncipes de Judá, e os carpinteiros, e os ferreiros de Jerusalém, e os trouxe a babilônia". Jeremias 24:1


Então saiu Joaquim (Jeconias), rei de Judá, ao rei de Babilônia, ele, sua mãe, seus servos, seus príncipes e seus oficiais; e o rei de Babilônia o tomou preso, no ano oitavo do seu reinado.” (2 Rs 24:12)


Atenção nos nomes ( Tradução Ferreira Almeida):


Jeconias, também chamado de Joaquim: 19º Rei de Judá.

Jeoaiquim: 18º Rei de Judá.


Conclusão

Não há qualquer conflito histórico, ainda que houvesse, não significaria que o erro estivesse na Bíblia, pois ela também é um documento histórico e já provou que merece credibilidade:

Nabucodonosor, Babilônia, Rei Davi, entre outros, já foram considerados lendas por historiadores, até que tiveram que aceitar a verdade quando outros registros arqueológicos corroboraram o relato bíblico. Essa é uma das razões porque o uso do "argumento do silêncio" em assuntos históricos é errado.