A Virtude e o Vício

Crédito Imagem: Hamad Al-Ghanim


A consciência moral, geralmente, nos fala como uma voz interior que nos conduz para o caminho da virtude. A palavra “virtude” deriva do latim virtus e significa a qualidade ou a ação digna do homem. Ela designa, portanto, a prática constante do bem, correspondendo ao uso da liberdade com responsabilidade moral.


O oposto da virtude é o vício, que consiste na prática constante do mal, correspondendo ao uso da liberdade sem responsabilidade moral. 

Mas, afinal, o que é essa responsabilidade? 

O termo vem do latim "respondere", que significa estar em condições de responder pelos atos praticados, isto é, de justificar as próprias ações.

Nesse sentido, a responsabilidade pressupõe uma relação entre a pessoa responsável e “algo” ao qual ou pelo qual ela responde.

Para Erich Fromm, a responsabilidade tem como base, num primeiro momento, a relação do homem com sua própria condição humana, isto é, com a realização de suas potencialidades de vida, assim, virtude é capacidade de ação, é potência!

Immanuel Kant disse que a “virtude é a força da resolução que o homem revela na realização do seu dever”.

 A virtude, como disposição para querer o bem, exige a coragem de assumir os valores escolhidos e enfrentar os obstáculos que dificultam a ação. Por isso, a noção de virtude não se restringe a um único ato moral, mas envolve a repetição e a continuidade do agir moral. Ao afirmar que “uma só andorinha não faz verão”, Aristóteles queria dizer que a virtude não se resume a um ato, mas resulta de um hábito.

Editado a partir do texto "Ética e Moral" - Unimes.