Arqueologia: Cidade perdida pode ser a Dalmanuta mencionada em Marcos 8:10

Segundo o site especializado LiveScience, a cidade para onde se deslocou Jesus depois que multiplicou pães e peixes, conforme registrado no capítulo 8 do Evangelho de Marcos, pode finalmente ter sido encontrada por arqueólogos.

A descoberta foi obra da equipe de exploradores do arqueólogo britânico Ken Dark, da Universidade de Reading, na Inglaterra.


Vista sudoeste mostrando as montanhas que limitam o Vale do Ginosar, em Israel. Os arqueólogos encontraram cerâmica antiga, cubos conhecidos como tesselas e, na cidade moderna, fragmentos arquitetônicos que indicam que uma cidade floresceu na área a partir do segundo ou primeiro século antes de Cristo até depois de 5 D.C.

A passagem bíblica em Mateus 15:39 diz: "Tendo despedido a multidão, entrou no barco, e dirigiu-se ao território de Magadã". Por causa disso, os estudiosos pensaram se tratar da cidade que hoje é chamada de Migdal, uma crença que perdurou por séculos. Essa cidade é também chamada de Magdala, encontra-se a noroeste do Mar da Galiléia no vale de Genesaré e mais conhecida por sua associação com Maria de Magdala, apelidada de Maria de Madalena.
                                           
O Arqueólogo Ken Dark diz que é possível que as ruínas encontradas sejam de Dalmanuta, considerada uma "cidade perdida" para a arqueologia. O argumento sustentado por ele e seus colaboradores concentram-se em uma embarcação que remonta 2 mil anos e que foi encontrada na região em 1986. O objeto é conhecido como o "barco de Jesus", o mais famoso artefato associado à área e com chances de ser a cidade de Dalmanuta e não da vizinha Magdala. 

As duas cidades ficavam a cerca de 200 metros uma da outra, por isso, estudiosos sugerem que os dois evangelistas indicavam para a mesma região, mas não para a mesma cidade.

Outros artefatos foram encontrados pelos exploradores, como cerâmica antiga e uma série de fragmentos de colunas, e também peças esculpidas no estilo coríntio. 

Os especialistas realizam testes de radio carbono para estipular a idade dos artefatos encontrados. 

A lista inclui ânforas de vidro(indicando que seus antigos habitantes eram ricos) e vestígios de âncoras de pedra, que denunciam a atividade pesqueira. São esses utensílios que ligariam a cidade ao chamado "Barco de Jesus".
                      
Fragmentos de colunas romanas.

Editado de Eduardo Araujo - Mensageiro da Paz

Owen Jarus -Livescience

Imagens crédito: Dr. Ken Dark -University of Reading