Crédito imagem: Waruiko
No livro "Deus é um Delírio", o autor Richard Dawkins disse que não se pode inferir a existência de um Criador do Universo baseado na complexidade do Universo porque isso levanta uma segunda pergunta:
Quem criou o Criador?
Apesar de não concordar com muita coisa do apologeta e filósofo Wiliian Lane Graig, ele deu uma resposta interessante:
"Esse argumento de Dawkins é inepto, uma vez que os filósofos da ciência admitem que para reconhecermos que uma dada explicação é a melhor, não precisamos ter uma explicação para a explicação."
Ilustração da ideia:
Digamos que um arqueólogo encontrasse artefatos numa escavação semelhantes a pontas de flechas, cacos de cerâmica e machadinhas, seria perfeitamente justo inferir que esses artefatos foram feitos por alguma tribo perdida, mesmo que o arqueólogo ignorasse a identidade desse povo ou como ele veio parar nessa localidade.
Se pretendermos dizer que uma dada explicação é a melhor apenas se tivermos a explicação da explicação,isso conduziria imediatamente a uma regressão infinita:
Seria necessário uma explicação para a explicação da explicação, e assim por diante, infinitamente, nunca conseguiríamos explicar nada!
Seria a destruição da própria ciência!
Sobre a tentativa de Dawkins de querer comparar complexidades (complexidade de Deus x complexidade do mundo natural), basta dizer que Deus está além do Natural, não é feito de partes como na natureza que conhecemos, por isso a comparação é descabida.
Só podemos observar o Natural (ambiente em que vivemos), não se pode discutir a natureza de Deus.
O que diz a Bíblia sobre Deus?
Os escritos que fazem parte da Bíblia dizem que Deus é Eterno,isso entra em consonância com a necessidade de causa incausada, veja algumas passagens:
[Oração de Moisés, homem de Deus] SENHOR, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração.
Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus. Salmos 90:1-2"
Conclusão:
A causa necessita ser incausada (para não cair na regressão infinita), o que nos remete obrigatoriamente a Deus, que é a única referência de Eternidade que temos.