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As mitologias gregas, hinduístas, egípcias, entre outras, também são exemplos de histórias sem comprovações, elas não trazem em seus próprios registros informações de que o povo da época teve qualquer conexão com seus respectivos deuses, isto é, nenhum evento extraordinário e objetivo foi observado por testemunhas humanas, portanto,nada que possa trazer esses deuses para algo factível. Se não há comprovações pelos contemporâneos dos fatos, os registros, então, são de meras lendas, e não de fatos corroborados. Os autores e propagadores de lendas, em sua gênese, não escreveram nem escrevem com o rigor e o compromisso fático inerente ao relato histórico. Eles não se detêm à validação de verdades, fatos, pessoas reais envolvidas e testemunhas.
São, essencialmente, proliferações de contos sem origens definidas, povoados por personagens lendários, que são produto da elaboração e da mente humana. Nesse processo, percebe-se a ausência de um compromisso estrito, seja ele profano (com a exatidão histórica) ou sacro (com a verdade factual dos eventos).
A análise textual correta deve, portanto, ir além da superfície e atentar-se para as motivações obscuras, materialistas e de controle social que esses artificialismos narrativos visam servir. Onde falha flagrantemente a sustentação histórica, é a intenção subjacente — como a busca por poder, riqueza ou a justificação de um domínio institucional — que muitas vezes preenche essa lacuna de credibilidade.
Perceba-se que essa conclusão não é tirada por preconceito ou pressuposição externa, mas sim pela aplicação de um crivo metodológico sobre os próprios documentos. É neles que se constata a falta de suporte necessário para aceitarmos diversas histórias como reais.
Portanto, mesmo nos documentos históricos de origem religiosa, a análise crítica é capaz de separar, com rigor, a lenda do fato corroborado.
(Família espera a ressurreição de aposentada).Se uma pessoa avisa que vai ressuscitar
depois de três dias, algumas pessoas podem até aguardar esse evento, mas se o prometido não se tornar real, ou seja, se a ressurreição não for corroborada por testemunhos,a verdade estabelecida será a morte, e não a ressurreição.
Isso dito acima é crucial para o assunto tratado aqui: pessoas não vão perder tempo saindo por aí contando e registrando algo que elas sabem que não é verdade, sendo que outras pessoas testemunharam justamente o contrário.
*“Havia uma expectativa de que ela ressuscitaria após três dias. Não posso dizer que cheguei a acreditar nisso, mas oramos muito e pagamos para ver. Passado o período, tivemos de providenciar o sepultamento”, disse Eudmarco Medeiro de Farias, 33 anos, amigo da família.
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http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1357932-5598,00-APOSENTADA+MORRE+E+FAMILIA+ESPERA+TRES+DIAS+PELA+RESSURREICAO+NA+PARAIBA.html (link antigo)
Os fiéis membros da igreja do pastor, que é bom que se diga, tinha uma interpretação muito errada das Escrituras, não sairiam por aí falando e escrevendo memórias dizendo que ele sobreviveu e está morando no Brasil, ou em algum outro país do terceiro mundo.
Não é porque alguém ainda não era nascido em 1969, que essa pessoa deva duvidar que o homem esteve na lua nessa data e acreditar que as imagens do homem no espaço não passam de montagens bem feitas.
Não é preciso que todos vejam um evento com os próprios olhos quando há uma corroboração testemunhal bem documentada sobre o mesmo.
A observação corroborada faz parte do próprio método cientifico e da ciência, por exemplo, se um cientista afirma que descobriu algo através de um experimento, mas outras pessoas reproduzindo o mesmo experimento encontram outro resultado, a descoberta do primeiro será desacreditada.
Isso se estende para outras áreas, como a Ciência do Direito e História, dependemos sempre de outras pessoas, negar isso é negar o processo de transmissão do conhecimento responsável pelo desenvolvimento humano.
A Lei do Testemunho e a Fragilidade da Mentira
A mentira ocorre em ocasiões específicas e conhecidas, sendo por natureza um evento frágil. Em contrapartida, uma verdade para ser estabelecida e reconhecida precisa obrigatoriamente de reforços testemunhais independentes. Se isso não existir, a história se mantém no campo da lenda.
É por isso que o recurso das testemunhas é um meio indiscutível na Justiça para se chegar à comprovação ou não da verdade; sem testemunhos não há perícia criminal nem crime. Essa é uma lei das interações humanas.
Contudo, essa dependência expõe a maior vulnerabilidade da invenção: a tentativa de criar ou fomentar falsos testemunhos. A mentira exige um esforço insustentável para manter a coerência perfeita entre múltiplos relatos. Qualquer falha na sincronia, qualquer motivação oculta (materialista, por exemplo) que se revele, ou qualquer contradição, expõe imediatamente o artificialismo, desmantelando a suposta verdade.
Regra aplicável contra falsos mensageiros
Podemos questionar a autenticidade de um mensageiro divino utilizando os próprios documentos de sua religião. Muitas vezes, não há testemunhas dos feitos atribuídos a essas figuras e alguns supostos milagres em seus próprio documentos, isso demonstra a imensa dificuldade exigida para mentir coletivamente mesmo em grupos fechados.
Aqui está o cerne da questão:
Esses mensageiros não puderam inventar testemunhas, pois seriam desmentidos por seus contemporâneos. Consequentemente, surge a dificuldade para acreditar em suas alegações.
Infelizmente, muitas pessoas não enxergam o óbvio: vários textos supostamente sagrados podem ser constatados em qualquer época apenas como produtos da mente humana.

