Borboletas de Fukushima com anomalias (asas de tamanho desigual ou amarfalhadas)
Crédito imagem: Hiyama et al, Scientific Reports
Efeitos da radiação em alguns organismos causados pelo acidente nuclear no japão deixa evidente, mais uma vez, que mutações são deletérias. Na história da ciência jamais foi visto uma mutação que indicasse ganho de complexidade, contrariando as mutações que só ocorrem nos filmes hollywoodianos "X-Men" ou na Teoria da Evolução, igualmente fictícia.
15/08/2012 - 05h19
Radiação causa deformidades em borboletas que vivem em Fukushima
DE SÃO PAULO
Ainda não se conhecem os efeitos sobre a saúde humana do acidente nuclear que afetou Fukushima, no Japão, no ano passado. Mas cientistas japoneses já flagraram deformidades ligadas à radiação em borboletas que vivem na área do desastre.
Os efeitos, que incluem asas de tamanho desigual ou amarfalhadas, antenas com pontas duplas e olhos malformados, estão descritos em artigo na revista especializada "Scientific Reports"
A equipe liderada por Atsuki Hiyama, da Universidade das Ilhas Ryukyu, coletou borboletas da espécie Zizeeria maha. Elas são consideradas bons indicadores do estado do ambiente porque seu organismo é sensível a alterações ambientais.
Insetos que viviam nas vizinhanças do acidente foram coletados em maio e setembro de 2011 (o acidente ocorreu em março, quando os bichos estavam na forma de larva).
Nas borboletas capturadas em março, já havia aberrações morfológicas leves, em 12% dos casos.
Alguns dos animais coletados foram então cruzados em laboratório, tanto entre si quanto com borboletas de outros locais.
O que os cientistas viram foi um aumento gradativo das anormalidades ao longo das gerações --aumento que também se verificou com as borboletas coletadas mais tarde na natureza.
Para os cientistas, os dados servem como sinal de alerta.