O Paradigma de Jesus contra a Ilusão: A Batalha por uma Nova Visão de Mundo

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"...Mas é importante que nós, ao abraçarmos o paradigma de Jesus, nos lembremos de um ponto fundamental: se ainda operarmos a partir de nossos antigos paradigmas, a vivência do novo paradigma será, na verdade, uma ilusão..."


No estudo da metologia científica, como explica Barker, colocando em termos genéricos, os paradigmas filtram a experiência que chega.

Estamos vendo o mundo através de nossos paradigmas o tempo todo. Constantemente selecionamos do mundo aqueles dados que se ajustam melhor às nossas regras e regulamentos e, tentamos ignorar o resto.

Como resultado, o que pode ser perfeitamente óbvio para uma pessoa com um paradigma, pode ser totalmente imperceptível para alguém com paradigma diferente.

O filósofo da ciência, Thomas Kuhn, descobriu que com alguns dados os cientistas tinham extrema dificuldade.

Por que?

Porque esses dados não combinavam com as expectativas criadas pelos seus paradigmas.

E, de fato, quanto mais inesperados fossem os fatos, mais dificuldades os cientistas tinham em preservá-los. Em alguns casos, simplesmente ignoravam os dados inesperados e, às vezes, distorciam esses dados até que se ajustassem ao paradigma.

Em casos extremos, eram incapazes de perceber os dados inesperados. Para qualquer propósito prático, esses dados eram invisíveis.


O Paradigma da Mensagem de Cristo


Apesar da força dos paradigmas, felizmente, o ser humano também é dotado de capacidade racional para quebrá-los. Essa capacidade de questionar e de estar aberto ao novo é essencial não apenas no campo científico, mas também na nossa vida pessoal e espiritual.

Por toda a importância que Jesus teve na história da humanidade, bem como pelos testemunhos de que Ele é o Filho de Deus, ousar experimentar seu paradigma é uma decisão estimulante, mas a mente humana deve estar disposta a romper com paradigmas enraizados para acolher a mensagem de Cristo. 

Em vez de tentar encaixar a nova mensagem em suas regras e visões de mundo preexistentes, a proposta é permitir que a luz de um novo paradigma ilumine o que antes era invisível. 

Jesus, em seus ensinamentos, não se limitava a conceitos abstratos; Ele convidava as pessoas a experimentar a verdade. Ao dizer "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei", ou "Se alguém tem sede, venha a mim e beba", Ele não estava apenas oferecendo uma teoria, mas um convite à prática.

Mas é importante que nós, ao abraçarmos o paradigma de Jesus, nos lembremos de um ponto fundamental: se ainda operarmos a partir de nossos antigos paradigmas, a vivência do novo paradigma será, na verdade, uma ilusão.

A verdadeira transformação ensinada por Jesus exige mais do que apenas um assentimento intelectual ou uma declaração pública de fé: exige a abdicação ativa dos paradigmas antigos, uma disposição genuína de deixar para trás as lentes pelas quais víamos o mundo.

Para entender essa distinção, considere um exemplo: uma pessoa pode abraçar intelectualmente o paradigma de Jesus, mas, na prática, suas escolhas e relações em vários aspectos ainda são guiadas sobretudo pelo arquétipo antigo — a busca por status social, gratificação pessoal ou prazer imediato —, sobrepujando o paradigma de Jesus.

Felizmente, essa mudança radical não é uma jornada solitária. É aqui que reside uma promessa impressionante de Jesus: Ele não apenas nos convida a mudar, mas também assegura que aqueles que adotam seu paradigma terão um Ajudador — o Espírito Santo.

No entanto, essa assistência divina não substitui o esforço humano; em vez disso, ela o capacita. A jornada de fé exige uma perseverança contínua, uma escolha diária de seguir os ensinamentos de Cristo. Assim, a ajuda do Espírito Santo e a nossa persistência em viver o paradigma de Jesus se unem para fortalecer a nossa fé e guiar a nossa vida.