O Conhecimento....

Escultura: Jaume Plensa. 
Imagem crédito: Fotografik33


O conhecimento se fundamenta em uma base observacional múltipla de um evento. Essa corroboração por diferentes observadores e evidências é crucial para estabelecermos a confiabilidade de um fato.


Especulação não é conhecimento.

O registro histórico humano abrange, no máximo, alguns milhares de anos (a escrita surgiu há menos de 5 mil anos). Conclusões sobre eventos remotos, anteriores à civilização humana, sem considerar as limitações da falta de registros escritos para o período abordado, podem conter falhas.


Bíblia

A Bíblia é composta por registros de observadores do passado, que além das porções proféticas e ensinamentos, também descrevem eventos ocorridos. Ela reúne diversos documentos e relatos de povos antigos, sendo também parte integrante do processo de formação do conhecimento. Essa é uma forma de transmissão intergeracional: os observadores de ontem registraram para o presente, assim como os de hoje o fazem para o futuro.


E o que garante que eventos foram observados?

A interação humana, embora complexa e influenciada por diversos fatores, opera sob uma base de princípios lógicos e uma busca por coerência que moldam a percepção e o registro dos eventos desde o seu início, esse processo racional coletivo humano e a capacidade de transmissão de fatos é evidenciado pelo próprio desenvolvimento da humanidade.

Essa estrutura cognitiva compartilhada permite que informações altamente inconsistentes com a realidade observada sejam questionadas e filtradas no próprio processo de comunicação e registro. 

À época dos fatos, eventos que desafiassem flagrantemente a realidade compartilhada não seriam incorporados aos registros oficiais como relatos verídicos de um grupo, pois a avaliação racional do coletivo atuariam como uma barreira imediata contra tais informações. Aqui, use a capacidade de dedução e abstração, que só o cérebro humano tem, algum cidadão de um país poderia registrar nos documentos oficiais que o presdidente de sua nação fez algo extraordinário, como algum superpoder, sem que o coletivo barrasse essa tentativa?

Sem essa capacidade intrínseca de avaliação e filtragem, a construção de um entendimento compartilhado do mundo seria caótica.

Um outro exemplo poderoso de dedução e a abstração humana que podemos fazer para pensar profundamente como funciona o racional coletivo humano: 

Imagine um grupo que testemunhou diretamente os ataques às torres gêmeas. Para esse grupo, seria inconcebível aceitar a alegação de algum deles de que os ataques foram perpetrados por discos voadores e que as imagens divulgadas seriam meras montagens. Essa impossibilidade lógica decorre da experiência vívida que compartilharam, construindo uma compreensão sólida e inabalável dos eventos reais. Qualquer tentativa de impor uma narrativa tão dissonante dos fatos deduz-se, inevitavelmente, como uma contradição flagrante com a realidade que seus próprios olhos presenciaram. A experiência direta atua, portanto, como um alicerce robusto contra a manipulação da memória e a distorção dos fatos

Na Bíblia, por exemplo, há diversos relatos de diferentes épocas que registram as manifestações de Deus—esse conhecimento só é possível porque quem presenciou os eventos os registrou e passou pela barreira coletiva de seus conteporâneos.



Conclusão:


Os documentos que compõem a Bíblia, em
 suas porções históricas e objetivas, são também produto do mecanismo humano de construção do passado, utilizado na construção do conhecimento em geral.






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