Jesus não foi mencionado por historiador de sua época?

Crédito imagem:Brian Morley


Em 2015, um pesquisador americano chamado Michael Paulkovich afirmou que escritores ou historiadores da época não mencionaram Jesus e que por isso ele seria um mito (irreal). Abaixo, analisaremos se essa conclusão está correta.


Na verdade, há escritos sobre Jesus, afinal, há nada menos que 27 documentos corroborando a sua história compilados em mais de 5.000 fragmentos de documentos antigos, esses escritos foram reunidos e chamados de Novo Testamento. Essa rede de corroboração é raridade na história, se pegarmos ícones históricos (que ninguém dúvida da existência, diga-se) como Alexandre, o grande, entre outros, não chega nem perto do número de documentos sobre Jesus.




Por que historiadores da época não mencionaram Jesus?



É preciso entender que o alvo dos historiadores são pessoas que interferiram diretamente no sistema geopolítico, e não era essa a proposta de Jesus, Ele não pegou em armas, não conquistou territórios, não tinha ambições políticas, não lutou nem se quer questionou o império romano a fim de ter a independência para os judeus,  não cobiçou poder e riquezas,ou seja, Jesus não tinha absolutamente nada que chamasse a atenção de historiadores que ficavam fora dos limites percorridos por ele.

Dentro daquele contexto, não haveria
 motivo para perderem tempo com o que ouviram falar das testemunhas de Jesus, já que eles pressupunham (assim como o ceticismo e o preconceito de hoje) que os cristãos fossem apenas sujeitos lunáticos.

Quem deveria contar a história de Jesus?

A história de Jesus foi contada justamente por quem deveria contá-la. 

Lembrando o que já foi dito em outro artigo, cada nação ou grupo é o maior responsável por preservar a sua própria história, não são os EUA, por exemplo, que serão obrigados a transmitir particularidades do Brasil, de fatos que ocorreram dentro do nosso território e sociedade, mas sim o próprio Brasil que tem essa missão. 

As testemunhas de Jesus são as que tinham motivação e a obrigação de transmitir o que viram, e não um historiador da elite judaica, romana ou grega.
A elite judaica (fariseus, saduceus..) da época estava afundada em tradições humanas, deram mais importância a elas, do que aos testemunhos sobre Jesus. 

Já os romanos não queriam saber de nada que diminuísse seus imperadores, ainda mais vindo dos judeus, um grupo dominado e considerados "inferiores".

Episódio da ressuscitação dos santos.


Por que nenhum historiador comentou sobre a ressuscitação dos santos andando pelas ruas?

Em mateus cap.27, temos uma narrativa não linear informando que após a Ressurreição de Jesus, alguns mortos fiéis à Deus, foram ressuscitados sendo vistos por muitas pessoas:

"E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados;

E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos."


Mateus 27:52-53


Está registrado em Mateus. Logo a palavra "nenhum" não cabe aí. 

Veja, é a mesma aplicação da Ressurreição de Jesus, se esses eventos fossem mentiras, o cristianismo seria facilmente desacreditado na época e teria morrido ali mesmo, afinal, a documentação escrita (Escrituras) e a pregação já ocorriam quando ainda havia testemunhas oculares vivas, e os acontecimentos eram recentes na memória histórica daquelas gerações, então, qualquer invenção seria facilmente desmentida.  

Certamente, as pessoas que viram tais eventos comentaram e a notícia correu, mas a elite judaica deu pouco importância, fazendo o mesmo que fizeram com a Ressurreição de Jesus. E os romanos, novamente, tiveram essa história apenas como mais um mito de judeus ignorantes (o velho e conhecido preconceito)  

Conclusão: 

Os  fatos foram registrados pelos grupos que deveriam registrar, ou seja, as pessoas próximas dos acontecimentos.