A análise da insignificância humana diante da vastidão cosmológica constitui um dos pilares do ceticismo moderno, fundamentando-se na premissa de que a desproporção física entre o observador e o cosmos anularia a possibilidade de uma providência divina particularizada. Esse argumento, frequentemente associado ao "desencantamento do mundo", sugere que a imensurável extensão de bilhões de galáxias reduziria a humanidade a um subproduto acidental e negligenciável da matéria. No entanto, ao confrontarmos essa perspectiva com a antropologia bíblica e os dados da complexidade biológica, percebemos que tal ceticismo repousa sobre um equívoco ontológico: a confusão entre extensão quantitativa e valor qualitativo.

