Crédito imagem: cams-not-in-lux
O papel aceita tudo?
Em alguns debates envolvendo crenças e histórias, O "papel aceita tudo" é uma expressão geralmente utilizada como resistência à credibilidade de algum registro, mas afinal, a lógica baseada na observação desmente ou suporta esse pensamento?
Obras de Ficção x Lendas x Reivindicação Histórica
Primeiro, devemos entender que personagem não é o mesmo que testemunha, o contexto em que um documento está inserido diferencia a literatura de ficção de um documento oficial com valor histórico.
Não há nenhuma reivindicação de historicidade em qualquer lenda ou obra de ficção, diferente a essa situação, veja a declaração do autor do livro de Lucas no início do respectivo documento:
Não há nenhuma reivindicação de historicidade em qualquer lenda ou obra de ficção, diferente a essa situação, veja a declaração do autor do livro de Lucas no início do respectivo documento:
Segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra,
Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio;
Para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado. " Lucas 1:1-4
Os Três Tipos
Na obra de ficção, geralmente, os próprios autores ou editores deixam acessível nas declarações e considerações contidas nos escritos a situação ficcional de suas obras, não existe o risco de um livro de fantasia passar a ser encarado como história verídica no futuro, a transmissão da informação pelas gerações será de uma obra de ficção.
Já uma lenda, é a transmissão de contos sem origens ou testemunhas, o escritor coloca no papel fábulas e boatos, retransmite as informações, mas não se preocupa em dar detalhes de comprovação da mesma, foi dessa forma que ocorreram as produções de diversos mitos antigos ou relatos sem comprovações.
Um exemplo já citado aqui no Blog, mas que é útil para a explicação: um indivíduo escreve uma história já difundida envolvendo Zeus, mas não detalha as provas da manifestação dessa divindade, quais humanos a presenciaram e que sinais objetivos foram dados para determinado povo que provariam que a suposta divindade era real, ou seja, nesse tipo de documento faltam, justamente, os elementos que suportam o compromisso histórico.
Já uma lenda, é a transmissão de contos sem origens ou testemunhas, o escritor coloca no papel fábulas e boatos, retransmite as informações, mas não se preocupa em dar detalhes de comprovação da mesma, foi dessa forma que ocorreram as produções de diversos mitos antigos ou relatos sem comprovações.
Um exemplo já citado aqui no Blog, mas que é útil para a explicação: um indivíduo escreve uma história já difundida envolvendo Zeus, mas não detalha as provas da manifestação dessa divindade, quais humanos a presenciaram e que sinais objetivos foram dados para determinado povo que provariam que a suposta divindade era real, ou seja, nesse tipo de documento faltam, justamente, os elementos que suportam o compromisso histórico.
A dificuldade para inventar eventos fantásticos em documentos oficiais.
Quem está escrevendo sabe que o conteúdo vai passar pelo crivo das pessoas de sua época e que o documento não poderá passar por essa barreira se houver a tentativa de transformar ficção em realidade.
Através de uma análise, é possível identificar esses três tipos de escritos:
1- Obra de ficção (Intencional)
2- Proliferação de lenda e boatos (Sem comprovação)
3- Documentos oficiais (documento de cunho coletivo, onde seus autores reivindicam compromisso histórico).
Você não verá, por exemplo, um líder religioso, mesmo tido como milagreiro, escrevendo embustes com situações objetivas em um documento oficial de sua própria instituição ou grupo, dizendo que ressuscitou um membro de sua igreja ou comunidade em estado pútrido ou que andou sobre o mar afirmando que tudo foi testemunhado por seus seguidores.
O cuidado dos falsos milagreiros ao não criar narrativas que lhes compliquem.
Embora pessoas sejam curadas, os feitos dos falsos milagreiros vão ficar sempre na esfera subjetiva sem qualquer comprovação de que a cura tenha sido causada realmente por eles.
Essa impossibilidade de inventar coisas em grupos, mesmo em seitas, ocorre porque é fácil de ser desmentida pelos próprios membros da organização.
Pegando Jesus como exemplo, seria impossível para um farsante ter sucesso, pois ele jamais poderia lançar mão de comprovações objetivas, dado que na inverdade a situação seria facilmente desmascarada.
Conclusão:
O indivíduo que se estabelece como um líder religioso fraudulento, angariando seguidores, é um mestre na manipulação. Contudo, sua tática principal reside na dissimulação, utilizando-se de eventos subjetivos, insights filosóficos e promessas futuras, os quais carecem de lastro probatório (inexistência de evidências objetivas ou testemunho qualificado).
Portanto, o mero registro ou proclamação não garante a sua autenticidade, mas é possível e imperativo discernir a credibilidade de quaisquer registros – sejam eles históricos ou doutrinários – por meio de uma Análise Documental Abrangente, que avalie não apenas os fundamentos declarados, mas também o lastro probatório, a motivação teleológica subjacente à sua produção e a sua verossimilhança contextual. Dessa forma, é possível estabelecer um juízo fundamentado sobre a sua autenticidade e autoridade, provando que o papel não aceita tudo.
Os escritos cristãos tem a pregação da verdade como doutrina:
"Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador."
Colossenses 3:9-10
Colossenses 3:9-10
(SÉCULO I)
"Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo"
(SÉCULO I)
